domingo, 3 de dezembro de 2017

[Livro] - O Guia do Mochileiro das Galáxias

[Repost]
Bem, era de se esperar que mais cedo ou mais tarde eu voltasse a falar desse tema. É simplesmente a série de livros que li e mais gosto ever. Com um senso de humor peculiar, Douglas Adams dá a vida a uma série de personagens e acontecimentos, ao meu ver épicos.

Bom, começaremos do inícil:
YEAH! REALLY!

A história do livro começa com o pacato Arthur Dent acordando em sua pacata casinha, em uma pacata cidadezinha da Inglaterra, e sua vida vem abaixo quando descobre que sua casa está para ser demolida para a construção de uma estrada. Revoltado, ele se deita a frente dos tratores para que sua pequena casinha não seja destruída, como dito pelo homem que está a frente da operação, pelo progresso. Sua situação muda (muda?) quando seu amigo de tempos, Ford Prefect lhe faz um convite para uma cervejinha para relaxar e contar um segredo. Relutante, Arthur vai com ele e deixa a casa para trás. Durante a conversa e muita cerveja, Ford explica que ele não é da terra e veio de um planeta bem distante, e é um pesquisador para a maior enciclopédia já escrita, o Guia do Mochileiro das Galáxias. Ah, e que a terra está para se destruída.
Os Vogons, seres bizarros e mal humorados surgem nos céus e comunicam que a terra será destruída para a construção de uma via hiper espacial. E é. Só sobrando os dois, Arthur e Ford que se infiltram em uma nave da esquadrilha vogon e pegam uma carona, até serem descobertos e jogados no Espaço...

Com isso são resgatados pela nava Coração de Ouro, uma nave movida a Improbabilidade Infinita! Nela estavam, improvavelmente, o Presidente do Universo recém eleito Zaphod Beeblebrox, e uma outra terrestre, Trician McMillan (agora Trillian), e o personagem que eu maid admiro ever, Marvin, o Andróid Paranóide, dotado de personalidade humana, e com um cérebro do tamanho de um planeta, ele é extremamente depressivo (e engraçado nessas horas).
PC x MAC
Mentira... Marvin Versão Série dos anos 80 x Filme 2005

Vou parar de contar o enredo, pois sempre me empolgo. Tentarei explicar agora algumas das máximas eternizadas pela série, e que eu sempre tive curiosidade ao ler os nomes dos Títulos dos Volumes. Vamos lá:


- O Guia do Mochileiro das Galáxias (Vol. 1):A história data do final da década de 70, e o Guia é como se fosse uma wikipédia galática, onde várias pessoas contribuem para o seu enriquecimento. O guia possui em sua capa os dizeres em letras amigáveis: "Não entre em pânico" ("Don't Panic" em inglês).
Possui todo o tipo de verbete e indicações variadas sobre tudo no universo.
- O Restaurante do Fim do Universo (Vol. 2):
Quando li o título, pensei em se tratar de um restaurante nos confins do universo, mas não. É algo ainda mais fantástico e maluco. Um restaurante que abre instantes antes do universo acabar. Isso mesmo, os personagens presenciam essa viagem temporal (essa e outras) até o momento onde o universo acaba. Pode parecer caro (e é!!!) jantar vendo o universo se acabar, mas não é. Basta depositar alguns centavos Altarianos na conta do restaurante no seu tempo, e quando chegar no tempo do fim do universo, os juros sobre esses poucos centavos lhe garantirão uma ótima refeição! Ah, e pouco antes do universo acabar, você voltará ao seu tempo, tá?

- A Vida, o Universo e Tudo mais (Vol. 3):
A resposta para a "Questão fundamental sobre a Vida, o Universo e Tudo Mais" foi encontrada pelo segundo computador mais potente da história do universo, o Pensador Profundo. A resposta é "42".
"Ah! Vocês nunca souberam qual é a pergunta!", responde o super computador aos seres que o construiu e o fizeram a pergunta. E ficou a cargo dele, projetar e construir o maior computador já criado, com organismos vivos que interagissem entre si e depois de 6 bilhões de anos descobrissem a pergunta para resposta fundamental da vida, o universo, e tudo mais. Esse computador estaria sendo vigiado de perto por seres super inteligentes, que acompanhariam a experiência por todo esse tempo. Esse computador viria a ser chamado de "Terra" e os seres seriam conhecidos como "ratos".

- Até mais e obrigado pelos peixes (Vol. 4):Como explicado no livro, o ser humano é a terceira raça mais inteligente vivente na Terra. A primeira é logicamente os seres pandimensionais, que outrora projetaram o Pensador Profundo, e hoje nos vigiam em forma de ratos. A segunda raça mais inteligente é a dos Golfinhos, que sempre souberam da iminência da destruição da Terra, e tentavam nos avisar (sem sucesso) sobre isso, fazendo piruetas e saltos, enquanto os alimentávamos. Nós, muito burros não entendemos, e momentos antes da Terra ser destruída, eles foram embora, mas deixaram uma mensagem: "Até mais, e obrigado pelos peixes".
- Praticamente inofensiva (Vol. 5):
Em certa cena, Arthur Dent fica curioso em saber o que o Guia fala sobre a Terra. E encontra a seguinte descrição: "Inofensiva". Ao protestar, Ford lhe informa que já enviou à base uma nova descrição que aumentou o verbete, mudando para: "Praticamente Inofensiva".

A série ainda esconde vários outros segredos e máximas, como a do título desse texto. Viagens espaciais e temporais, regadas de muito bom humor e uma linguagem extremamente atual (apesar da data da primeira publicação).

Pretendo falar mais da série em outros textos, e até publicar partes, como já fiz no meu outro blog (http://infinite-blast.blogspot.com/search/label/Douglas%20Adams).

Aqui vai um guia de referência a alguns termos:
http://www.naoentreempanico.com.br/

O trailer do filme:

http://www.youtube.com/watch?v=MbGNcoB2Y4I

E até a próxima, e não esqueçam a sua toalha!!!

[Mangá] - Homunculus

[Repost]
Não, não!
Não se trata de uma postagem sobre os personagens de Fullmetal Alchemist.

Esse que vos falo, é esse mangá aqui, ó:
Conta a história de Susumo Nakoshi, 34 anos. Um cara que (sem contar como) fica desempregado e passa a morar na rua, dentro de seu carrinho. Ele para seu carro entre um luxuoso hotel, e um parque onde existem muitos moradores de rua.

Ai começa algumas viagens psicológicas da história. Pois isso indica que ele está em transição entre os dois mundos. Ele não conseguiu sair de um, e entrar no outro, ou pelo menos se decidir a qual pertence, por isso ele mora no meio dos dois. Mas mesmo assim tem uma certa convivência com os "moradores" do parque, que o chamam de "o moço do carro".

Um de seus problemas (e conforme a série avança, descobre-se muitos outros) é a sua mania de mentir. Para cada vez que um infeliz lhe pergunta: "O moço do carro, o que você fazia antes de vir parar aqui?", ele inventa uma história diferente. Uma vez arrumando o carro ele disse ser mecânico, outra dentista, outra corretor de seguros e por ai vai. Depende do momento e da sua inspiração.

Mas ele tem um tic nervoso quando mente, que é um leve sorriso no canto esquerdo da boca, que poucos percebem. O único que percebe esse "tic" é o estudante de medicina Manabu Ito, que aparece do nada e oferece a ele uma grana para ele se submeter a um experimento: a Trepanação.

Essa operação que abre um pequeno orifício no crânio do paciente. Essa técnica era usada na antiguidade com o objetivo de eliminar maus espíritos e demônios, ou ainda desenvolver dons paranormais. E é nesse último objetivo que Ito está focado.
Para o começo, não houve muitas mudanças, apesar da dor de cabeça para Nakoshi. Só que ao tapar o olho direito e ver o mundo só com o olho esquerdo, ele começa a ver monstros nas pessoas. Pessoas finas, pessoas vazias por dentro (?), um chefe da Yakuza vestindo uma armadura de um robô, mas tentando cortar o próprio dedo mindinho com uma foice, e outras bizarrices.

Resumindo um pouco do que acontece depois, eles descobrem que o que Nakoshi começa a ver, são os Homunculi das pessoas. O Homunculus é a representação física do psicológico da pessoa, e na maioria das vezes é como se fosse um trauma da pessoa.

A cada "arco" da história ele desvenda um homunculus, entrando em contado com a pessoa e mesmo sem nenhum preparo descobrindo o que foi que resultou nesse trauma. E ele descobre que os traumas que as pessoas tem, ele também tem, e esses estão bem escondidos no seu psicológico.

Enfim, é um mangá muito bom e intrigante, que sempre deixa uma brecha (obvio) para o próximo volume. Estou comprando-o pela Panini, que está fazendo um ótimo trabalho tanto na tradução, como na adaptação. Gostei muito do mangá e recomendo a todos que queiram variar um pouco nos mangás de luta e romance, pois esse é diferente do que já leram. Com certeza.